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Orquestra Sinfônica Brasileira: quando o ego atrapalha o talento

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ouvindo as notícias sobre a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira me pergunto: quem está certo? Pelo pouco que sabemos através dos canais de notícias, percebo que existem lacunas de gestão e de atitude dos profissionais envolvidos, assim como em qualquer outro negócio.

De um lado, um núcleo gestor que tenta criar um novo valor ao processo, trazendo validações internacionais gabaritadas. A iniciativa acompanha o movimento de crescimento e profissionalização do país, mas é possível que este núcleo de gestão tenha implementado a novidade de forma desastrosa, e isto é muito comum em também em empresas. Os gestores precisam planejar, conduzir e inserir novas práticas de forma que todos percebam o valor agregado.

De outro lado, temos as estrelas, os músicos, que podem estar intimidados com avaliações que na verdade são grandes oportunidades de revisão pessoal e melhoria. Nesta atitude de protesto percebemos uma resistência extrema, onde artistas de alto nível não concordam com a forma que o processo está sendo conduzido, ou não concordam em se submeter a avaliações por acharem que uma histórioa de sucesso consolidada não precisa ser revista em tempo algum. Além disso, é comum pensar que avaliações são para iniciantes. Erro fatal para a carreira.

Em inglês temos um termos chamado overleveraging, que significa que todo talento usado em excesso podem virar um defeito. Talento sem atitude coerente gera queda a médio ou a longo prazo. ~

Razões à parte, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um patrimônio do povo brasileiro, e gestões falhas ou jogos de ego deveriam ficar de lado. Profissionais precisam entender que a evolução acontece, e que todos seremos avaliados de alguma forma e teremos que nos repaginar. Nada é estático. Além disso, é preciso pensar primeiro no todo, depois em pequenas partes.

Novos gestores virão, assim como novos artistas. O que não é coerente, é que a Orquestra desmorone por causa de baixas habilidades de quem a faz acontecer, no palco e nos bastidores.

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