Resiliência, oriundo do latim “resílio” significa “voltar atrás” e é um termo comumente utilizado na física para descrever a capacidade de um corpo de voltar ao seu estado natural após sofrer um choque ou deformação. Na psicologia e administração, o termo é utilizado para demonstrar a capacidade de uma pessoa lidar com os problemas e conflitos, de vencer obstáculos e trabalhar com situações de pressão, sem sucumbir a elas. É a capacidade de superação. Fatores familiares como equilíbrio, estabilidade, respeito mútuo, apoio e suporte afetivo transmitido pelos progenitores contribuem significativamente para tornar uma pessoa mais resiliente. O ideal é que todo ser humano aprenda a ser resiliente desde cedo, mas quando não foi educado para isso, ele pode desenvolver essa competência durante sua vida. Prova disso é que durante os anos 1970 psicólogos e pedagogos buscaram compreender como crianças de rua que sofriam maus tratos e abusos superavam seus traumas e se tornavam adultos saudáveis. Resiliência, portanto, é uma competência que pode se aprendida, não é uma característica somente de pessoas privilegiadas.
Cada indivíduo possui um grau de resiliência, sendo esta uma característica de cada um, que pode variar de acordo com sua experiência individual. Para cada situação negativa apresentada, a pessoa resiliente se recompõe, adaptando-se e se moldando à nova realidade, atribuindo sentido ao seu sofrimento e redirecionando-o de forma a enxergar algum benefício naquela circunstância. Ao passar por eventos adversos as pessoas resilientes não somente os enfrentam assertivamente, mas saem transformadas e acrescidas positivamente da experiência. São aquelas que enxergam um desafio diante da adversidade, enquanto outros menos resilientes enxergam perigo e ameaça na mesma ocasião. É o exemplo de uma demissão, enquanto um profissional pode se deprimir e se ressentir da situação, outro pode se motivar a procurar um novo emprego. Isso se aplica a inúmeras situações como perder um cliente, ter um projeto recusado, acumular algum prejuízo.
Sabe-se que pessoas resilientes na área pessoal também o são na área profissional. Por isso, a resiliência é uma lição que deve ser aprendida dentro de casa. Manter o lar e a família em harmonia é o ponto de partida e de apoio para recuperação das situações negativas. Outros fatores pessoais auxiliam no aumento da resiliência. É o caso do planejamento, fazer planos diminui a chance de erro reduz a ansiedade. A prática de esportes, relaxamento e meditação aumentam o ânimo e a disposição já que elevam os teores de endorfinas, hormônios que proporcionam sensação de bem-estar.
A resiliência é uma competência que traz inúmeros benefícios para o profissional e para as organizações, por isso muitas delas investem em programas de treinamento para desenvolver essa habilidade em seus colaboradores. Os profissionais podem desenvolver a resiliência de diversas maneiras, dentre elas citamos: aceitação da realidade para enfrentar o problema; domínio e conhecimento das emoções como medo, tristeza, raiva e inveja que paralisam as tomadas de decisões; conscientização dos pontos fracos para tentar minimizá-los; ter pensamentos corretos do tipo “como posso sair dessa situação? o que posso fazer para resolver esse problema?”; ampliar o conhecimento por meio de cursos, leituras e pesquisas - quanto mais se sabe, mais aumenta a autoconfiança; entre pensar negativo e positivo, opte pelo segundo, ser otimista é fundamental para superação de crises; não se deixar levar por opiniões alheias, daqueles que dizem “isso não vai dar certo”; não acreditar em velhos paradigmas como “santo de casa não faz milagres”; ser criativo, não ter receio de inovar; ser flexível, recuar, se necessário.
A resiliência é uma competência essencial, sobretudo, é um exercício para toda a vida.
Profa. Dra. Yeda Oswaldo, psicóloga & coach. Ministra o curso MASTER EM LIDERANÇA E GESTÃO - MLG - LÍDER COACH. Saiba mais em: www.infinityative.com.br
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