
Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo evolutivo dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento de qualquer sistema seja ele econômico, social, familiar, político ou organizacional. O conflito ocorre quando uma das partes relacionadas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar seus interesses ou onde existe a “invasão do espaço alheio”.
Os relacionamentos interpessoais decorrem sempre de duas fontes: “eu” e “outro(s)” e onde existe interação entre as pessoas ocorrem diferenças de valores, ideias, personalidade, atitudes, percepções, interesses, comportamento e vivências que podem gerar conflitos. Então podemos dizer que em todo lugar onde existam relacionamentos interpessoais haverá conflitos entre pessoas e grupos, o que deveria ser relativamente normal. A diferença está em como esse conflito será estabelecido e gerenciado e em até que ponto a tensão e o desacordo podem causar prejuízos para as pessoas e para o ambiente laboral.
Nesse contexto, inserem-se os líderes que desempenham um papel significativo na resolução dos conflitos. Alguns deles acreditam e veem nos problemas, oportunidades de crescimento, desenvolvimento e de melhor relacionamento entre as pessoas de sua equipe. Outros líderes evitam ou reprimem os conflitos, são omissos e utópicos. Existem aqueles que tentam resolver o problema à sua maneira, de forma ditatorial. Nesses últimos casos os líderes demonstram ineficácia ao lidarem com as situações conflituosas, comprometendo as metas e resultados das organizações.
Os conflitos mal administrados causam insatisfação tanto para o trabalhador como para a empresa, gerando desmotivação, baixa produtividade e desempenho insatisfatório dos profissionais. Já quando os conflitos são administrados com eficácia, resultam em mudança e evolução organizacional, oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
Os líderes devem agir assertivamente para auxiliar na administração de conflitos da sua equipe, mas para isso é necessário desenvolver habilidades para lidar nessas situações. Seguem algumas dicas:
ü entender a causa do conflito, já que as principais razões se encontram na diferença de interesses e valores.
ü estabelecer o diálogo - ouvir os lados envolvidos.
ü falar da situação conflituosa, mesmo que seja difícil.
ü não ser agressivo ou hostil.
ü ter uma postura racional, não se contaminando emocionalmente quando houver discussões mais ríspida.
ü focar no resultado.
ü demonstrar o lado positivo da questão.
ü manter o autocontrole.
Diante de qualquer conflito o líder deve manter o equilíbrio entre razão e emoção, procurar as soluções e não os culpados, analisar a situação de forma crítica e reflexiva, manter um clima de respeito. Durante todo o processo o líder deve incentivar a negociação, criando uma transação genuína, produtiva e comprometida. Ao final o líder levará as partes a restabelecerem o vínculo e a construírem uma relação positiva.
Nas equipes eficazes os conflitos são vistos como essenciais para a evolução do pensamento criativo, proporcionam a união dos participantes na busca de soluções e motivam as pessoas a resolverem problemas em prol de um bem comum.
Profa. Dra. Yeda Oswaldo é doutora em Psicologia, mestra em Educação, Psicóloga Organizacional. Website: www.yedaoswaldo.com.br
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