A existência está disposta a dar, mas você não está disposto a receber porque está pensando em como agarrá-la. A existência lhe dá como dádivas; você não pode agarrar, não pode conquistar, não pode alcançar. Por favor, renda-se. Por favor, se entregue.
Tudo que é belo é como as gaivotas. Lembre-se disso: nada pode ser feito. O banquete está pronto - você foi convidado. Você pode entrar pela porta da frente. Mas é tolo, está tentando entrar pela porta dos fundos, e na existência não há porta dos fundos. Você está tentando entrar como um ladrão. Porta da frente está aberta para você, e o anfitrião está aguardando nos degraus de entrada, pronto para recebê-lo... E, você tentando entrar por trás como um ladrão.
A vida não tem porta dos fundos. Você não pode roubar a vida. Não pode ser um ladrão. A vida dá, e dá infinitamente, e dá incondicionalmente. Por favor, esteja num estado de entrega. Deixe as gaivotas descerem, e brincarem com você, e vadiarem com você nas praias. Tudo está pronto. O banquete, o anfitrião - tudo está pronto, só esperando que você entre pela porta da frente. Não é preciso esforço. O esforço é a porta dos fundos. É preciso, isso sim, ausência de esforço.
Deixe a vida acontecer, não tente forçá-la. Através da entrega, do ‘nãofazer’, pode-se alcançar tudo que é belo, tudo que é sagrado, tudo que é divino.
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