
O ciclo de convivência se inicia com a família e ao longo da vida se estende para outros meios sociais como vizinhança, escola e depois o trabalho e é justamente nesse último, que somos obrigados a conviver uns com outros de forma mais intensa e por um longo período, em que é necessário dividir espaços e compartilhar ideias, colocando à prova a habilidade para lidar com situações imprevistas e com os relacionamentos interpessoais. Muitas vezes não temos escolhas, somos forçados a conviver com pessoas de todos os tipos, até mesmo com aquelas que não somos compatíveis ou que não existem afinidades, já que o labor requer justamente a habilidade de relacionamento com pessoas diferentes. Embora seja muito difícil acredito que esta tarefa remeta ao autoconhecimento, fator fundamental na biografia de cada um, pois a compreensão de si mesmo, das próprias ações leva ao entendimento do outro.
“Conviver” significa viver em comum, consistindo em partilhar ideias, experiências, práticas e a própria vida com os outros. Para isso é necessário conviver satisfatoriamente com pessoas diferentes, sem o que não é possível existir sinergia e complementaridade. Conviver bem é compreender e aplicar as competências emocionais de cada um em prol de melhores performances, em busca de metas comuns, obtendo qualidade de vida satisfatória para todos envolvidos no trabalho. Nesse sentido, Stephen Robbins, referência mundial na área do comportamento organizacional afirma que uma equipe de trabalho gera sinergia positiva por meio do esforço coordenado. Para ilustrar, em uma equipe coesa o resultado da soma de 1 + 1 + 1 pode ser maior que 3.
Para existir uma relação é necessário o envolvimento de mais de uma pessoa e se cada uma não fizer a sua parte, é bem provável que o bom relacionamento nunca venha acontecer. Seguem alguns exemplos de atitudes individuais no trabalho que devem ser observadas para a construção de uma convivência autêntica: em momento algum jogar com os sentimentos dos outros, causando constrangimento e vergonha; nunca chamar atenção de alguém diante de outras pessoas; não esnobar as pessoas por meio de falsas sutilezas ou genialidades, embora acredite ser superior na inteligência, cultura, posses, poder, beleza ou aptidões; procurar agir com justiça e cordialidade; não deixar se levar por nervosismos, impaciências, egoísmos; demonstrar respeito pelas pessoas, conhecer suas emoções e interessar-se pelos outros “desinteressadamente”, sabendo colocar-se no lugar do outro nos momentos difíceis; não fazer comentários sobre a vida pessoal dos colegas; evitar fofocas e intrigas e dar atenção às pessoas, independente do cargo ou posição que ocupe na empresa.
O exercício da tolerância cabe a cada um pois o limite estabelecido para compreender as diferenças estará entre a individualidade e a inclusão ao grupo que a pessoa pertence. Ser flexível, ceder quando for necessário, aceitar as pessoas com suas características individuais são qualidades dos profissionais que se conhecem e conseguem reconhecer os direitos das outras pessoas.
Profa. Dra. Yeda Oswaldo, psicóloga & coach. Ministra o curso MASTER EM LIDERANÇA E GESTÃO - MLG - LÍDER COACH. Saiba mais em: www.infinityative.com.br

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