Quem não conhece pessoas que sabem o que é certo, propagam o correto, mas na hora de fazer o certo, não o fazem? São aquelas pessoas que fazem o oposto do que falam, que cometem erros, mas são bastante severos com os mesmos equívocos cometidos por outras pessoas.
Na sociedade em geral, na escola e principalmente no ambiente de trabalho, existem pessoas com conceitos inquestionáveis, que criticam a ideia alheia, que acreditam estar sempre certos. Essas pessoas com postura inflexível, que consideram seu código de ética sagrado, que em seu discurso de forma explícita ou velada sempre querem prejudicar os demais são chamados de falsos moralistas. São pessoas que costumam valorizar o que é seu (posses, pensamentos, atitudes) e desvalorizar o que é dos outros.
Posso citar aqui vários exemplos de falsa moral. É o caso de um empresário que havia adotado como política não contratar parentes de funcionários por acreditar que no caso de um problema familiar, haveria duas e não somente uma pessoa envolvida na questão, além disso, poderia haver protecionismo por parte de algumas pessoas, o que poderia prejudicar a dinâmica organizacional. No entanto contratou o noivo da filha para trabalhar na área de Marketing. O que valia para os outros não era aplicável a ele mesmo.
Um caso de repercussão nacional de falsa moral foi o da então estudante Geisy Arruda, que estava trajada inadequadamente para o ambiente universitário, usando um pequeno vestido que mostrava seus dotes femininos. A maioria dos brasileiros se lembra da cena que passou repetidamente na TV com pessoas gritando histericamente, proferindo palavras de baixo calão, ofendendo a moça. E agora pergunto: quantas daquelas pessoas que condenaram a estudante, não presenciavam suas irmãs, namoradas, primas ou outras pessoas da família naqueles trajes? Quantas outras pessoas frequentavam a faculdade com roupas parecidas? E quantas outras mulheres que defendem o liberalismo feminino também gritavam enlouquecidas naquela ocasião?
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