
Hoje não é mais tão comum as carreiras tradicionais nas grandes empresas conduzir ao sucesso como no passado, como trabalhar em uma indústria ou banco. Por isso muitas pessoas pensam em ganhar a vida como empreendedoras.
Existem algumas pessoas que se lançam ao empreendedorismo motivadas por necessidade (falta de alternativa satisfatória de ocupação e renda – ser empreendedor é a única alternativa que restou), outras por oportunidade (percepção de um nicho de mercado em potencial, quando o empreendedor descobre uma necessidade ou um desejo insatisfeito) e há aquelas que querem ser empreendedoras por opção (desejam ter seu próprio empreendimento, ser seu próprio patrão).
Com a grande reverência em torno na cultura empreendedora é natural que muitas pessoas se sintam impelidas ao empreendedorismo, quer seja por influência de familiares, amigos, conhecidos e até mesmo pelo que se propaga na mídia. Isso faz parecer que trabalhar como empregado é falta de mérito, ruim e inadequado para os dias de hoje, o que obviamente, é uma inverdade. Sobretudo, existem pessoas que estão satisfeitas com o seu trabalho onde tem relativa estabilidade, sucesso no emprego e na vida particular e para elas é apavorante o risco de abrir mão dessas conquistas para assumir as indefinições de um negócio próprio.
Por outro lado, até a alguns anos atrás, acreditava-se que o empreendedor era inato, que nascia com um diferencial e era predestinado para o sucesso nos negócios. Pessoas sem essas características eram desencorajadas a empreender. Hoje em dia acredita-se que o processo empreendedor pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso é decorrente de vários fatores internos e externos ao negócio, do perfil empreendedor e de como ele administra as adversidades no dia-a-dia do seu empreendimento.
É difícil definir com certeza o que torna um indivíduo empreendedor, assim como é impossível mensurar objetivamente as características fundamentais para o empreendedorismo. Por isso, antes de pensar em abrir um negócio, é necessário que a pessoa reflita se gostaria realmente de seguir a carreira de empreendedor ou se ser empregado seria a melhor opção.
O assunto merece muita reflexão, mas podemos dizer que os empreendedores, de maneira geral, procuram liberdade, assumem riscos, lidam eficazmente com o sucesso ou fracasso, são questionadores, observadores, curiosos e intuitivos. Já os empregados procuram segurança, evitam riscos, tem medo de fracassar, seguem regras, são centrados e racionais. Mas nenhum é melhor que o outro, o empreendedorismo é mais uma opção de carreira.
Fonte: Gazeta de Limeira, 25 de novembro de 2012, p.18.
Profa. Dra. Yeda Oswaldo, psicóloga, doutora em psicologia & coach. Ministra o curso MASTER EM LIDERANÇA E GESTÃO - MLG - LÍDER COACH. Saiba mais em: www.infinityative.com.br
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