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16- GANHEI MEU PAI: DESPEDIDA RELATIVA

segunda-feira, 29 de junho de 2009




Queridos amigos, ontem, dia 28 de junho de 2009 às 8:15h, ganhei meu pai.

Por saber que a Vida continua, não posso dizer que o perdi.

Eu o ganhei, agora numa nova dimensão, que é a verdadeira.

Deus com suas leis sábias e amorosas, permitiu que meu pai não ficasse num corpo que o aprisionava e lhe causava tantas dores. Após quase um mês de internação a libertação aconteceu.
Hoje ele renasce, ressurge, e se abre para uma vida nova

Eu e meu irmão estávamos com ele ao lado do seu leito, e o vimos seguir adiante cheio de paz.

Ele sempre desafiou a medicina. O câncer apareceu primeiramente no pâncreas e, mesmo após a cirurgia bem sucedida, seu médico lhe disse que teria uma sobrevida de apenas seis meses a um ano. Na melhor das hipóteses uns dois anos.

E isso foi há dezesseis anos. Primeira grande conquista de um triunfador.

Não se tratou de uma sobrevida sofrida, com dores e angústias relacionadas à recidiva da doença. Houve qualidade de vida e saúde estável.

Tempos depois surgiram os tumores no fígado.

A quimioterapia mensal não era agressiva, os cuidados e atenções dos médicos eram adequados e ele também viveu relativamente bem os últimos anos.

Complicações maiores vieram somente agora há dois meses, e em 02 de junho se tornou necessária a internação.

Após vermos os resultados do seu exame de tomografia computadorizada ficamos muito surpesos pois seu fígado estava repleto de lesões cancerosas. Era como se um verdadeiro aglomerado de tumores, como um imenso cacho de uvas, tomasse conta do orgão inteiramente, restando quase nada de tecido hepático saudável.

Mais um desafio à medicina. Não conseguimos compreender como ele conseguiu estar bem durante os meses iniciais deste ano numa situação como essa, sem dores, sem outras complicações, e é quase impossível imaginar que esse quadro tivesse apenas dois meses de idade.

Sempre bravo, sempre vitorioso.

Estamos todos bem, ele que partiu e nós que ficamos.

A fé na realidade espiritual, na vida pós-morte, na bondade infinita do Criador, e a certeza do reencontro, sempre nos alicerçaram emocionalmente.

Quero continuar a escrever aqui sobre descobertas e aprendizados que fiz ao longo de todos os dias em que estive com ele como seu acompanhante no hospital; compartilhar essas lições é algo que me ajudará muito e pode igualmente auxiliar outras pessoas.

Somos muito gratos a todos pelas preces, vibraçoes, e pelo carinho que recebemos.

E enviamos muitos abraços a todos.

Kau






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